O AMIGO VERDADEIRO


“Se as pessoas que me seguem apoiam os meus erros, não servem para me seguir”.
Washington Pêpe
Em um mundo onde conexões são cada vez mais superficiais e passageiras, refletir sobre a essência da verdadeira amizade torna-se não apenas oportuno, mas necessário. A amizade autêntica vai muito além de companhias agradáveis em momentos de diversão ou de apoio em circunstâncias difíceis – ela representa um vínculo profundo baseado em valores como honestidade, lealdade e, acima de tudo, sinceridade.
O verdadeiro amigo é aquele que ousa olhar-nos nos olhos e dizer o que precisamos ouvir, não apenas o que desejamos escutar. Enquanto muitos podem aplaudir nossas conquistas, apenas os amigos genuínos terão a coragem de apontar nossas falhas com o único propósito de nos ajudar a crescer. Esta sinceridade, por vezes dolorosa, nasce não da intenção de ferir, mas do compromisso com nosso bem-estar e evolução pessoal.
Relacionamentos autênticos não se sustentam na aceitação cega de comportamentos ou escolhas. Pelo contrário, são fortalecidos por uma cumplicidade ética que não hesita em questionar quando necessário. O amigo verdadeiro carrega consigo a responsabilidade de contribuir para nosso desenvolvimento moral, mesmo quando isso significa confrontar-nos com verdades incômodas ou reprovar atitudes que nos afastam de nossos valores essenciais.
Talvez seja este o maior paradoxo e a mais profunda beleza da amizade: aquele que mais se importa conosco é justamente quem menos se dispõe a compactuar com nossos erros. Em sua preocupação genuína, prefere arriscar um momento de desconforto a permitir que nos percamos em caminhos que nos prejudiquem.
Ao explorarmos as páginas seguintes, somos convidados a refletir sobre a qualidade de nossas próprias amizades. Seremos nós capazes de oferecer e receber esta sinceridade transformadora? Conseguimos distinguir entre os que apenas nos acompanham e aqueles que verdadeiramente caminham conosco, comprometidos com nossa melhor versão?
A jornada pela compreensão da verdadeira amizade é, antes de tudo, um convite à autenticidade – um chamado para valorizar aqueles que, em sua honestidade amorosa, nos ajudam a enxergar além de nossas limitações e a construir uma existência mais íntegra e significativa. (introdução com auxilio da IA).
Se nós andamos juntos e você vir os meus erros e se calar, você está a favor, quem não é contra é a favor, não existe em cima do muro.
Se nós andamos juntos e você é indiferente aos meus erros, você não está preocupado com o meu bem estar e sim com a sua autoimagem e sobre o que eu vou pensar de você se me reprovar, ou seja, você só se preocupa em ser aceito, tem medo de ser excluído do meu grupo, lá na frente quando meus olhos forem abertos e eu enxergar a minha vaidade e ilusão vou lembrar que você estava ao meu lado o tempo todo e fingiu não ver as coisas que eu fazia.
Vou lembrar também que quando alguém falava com você sobre o assunto você dizia que errar é humano e nunca se importou em me auxiliar a corrigir as falhas do meu caráter, você preferiu ser elogiado e aceito por mim a me reprovar sobre minha conduta, pelo contrário, você reprovou os que me reprovaram. Você não foi um amigo.
Jesus disse que quem não é contra nós está a nosso favor, logo você foi a favor de todos os meus erros, você me viu mentir, enganar, ser desonesto, seduzir, assediar, humilhar, falar mal de nossos irmãos e sempre disse que eu estava certo, ou então fingiu não ver e se calou, hoje eu vejo que aqueles que me reprovaram e se afastaram de mim por causa dos meus erros foram mais honestos comigo e que eu teria sido mais feliz se os tivesse ouvido.
Por isso eu te digo: “Se as pessoas que me seguem apoiam os meus erros, não servem para me seguir”.
Washington Pêpe
Em 05/08/2020


